Lendas e Tradições
O Douro é uma terra fiel às suas tradições, preservando usos e costumes com centenas de anos. As procissões, os dialetos e as lendas são parte da história da região.
Pauliteiros de Miranda | © Centro Nacional de Cultura, António Cruz
Pessoas de diferentes idades tocam concertina | © Museu do Douro
Rancho a caminho dos socalcos | © Museu do Douro
Burro em Sendim, Miranda do Douro | © Centro Nacional de Cultura, António Cruz
Homem e a sua concertina | © Museu do Douro
Potes antigos utilizados para cozinhar | © Turismo do Douro
O galo é um símbolo de tradição e de ligação às raízes poplulares | © Turismo do Douro
O Douro é uma terra de tradições e lendas, que se misturam com a realidade e ilustram o dia-a-dia da população. Por terras durienses ouvem-se estranhos dialetos que sobreviveram ao passar dos anos, sendo transmitidos de pais para filhos. A língua mirandesa é o segundo idioma oficial de Portugal, embora persista apenas na região do Douro.
O povo duriense tem um carácter muito próprio, enraizado ao passado e à história do local onde vive, o que resulta em diferentes usos e costumes, consoante a aldeia. Nas arribas do Douro os pauliteiros de Miranda dançam ao som da gaita-de-foles e do bombo. No Douro Sul, a música encontra-se nos cânticos da igreja que embalam a procissão das Velas. Em Freixo de Espada à Cinta enterra-se o entrudo, enquanto numa aldeia de Lamego, em Lazarim, saem os caretos para a rua.
Por todo o Douro ouvem-se lendas de princesas mouriscas, cavaleiros, bruxas e lobisomens. Verdadeiras histórias de encantar que perduraram no tempo e contribuem para a riqueza do imaginário duriense.
Ao contactar com este povo e ao ouvir as suas histórias, crenças e testemunhos apercebemo-nos do poder do património oral no Douro, que originou superstições e rituais, intrínsecos a toda a população.